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sexta-feira, 25 de março de 2011

Região da Avenida Paulista, em SP, registra mais um caso de agressão a homossexual

SÃO PAULO - A região da Avenida Paulista registrou mais um caso de agressão a homossexual na madrugada da última quarta-feira. Ativista de um movimento GLBT em São Paulo, Guilherme Rodrigues, diz ter sido agredido por quatro homens com características de skinheads. Ele levou socos no rosto e chutes.
O caso foi registrado pela polícia como lesão e injúria no 4º Distrito Policial, mas Guilherme espera que a agressão seja tratada como crime homofóbico. Segundo a vítima, ele recebeu ameaças dos agressores assim que saiu da delegacia. E diz que a polícia o dissuadiu de registrar o caso como homofobia.
De acordo com Guilherme, a agressão aconteceu na esquina das ruas Augusta e Peixoto Gomide. Guilherme estava indo a pé para casa quando viu dois rapazes sendo agredidos pelo grupo com características de skinheads. Os rapazes conseguiram fugir, mas os agressores partiram para cima de Guilherme, que havia parado para ver o que estava acontecendo.
Segundo ele, funcionários do posto correram em sua direção para inibir os agressores, tentaram segurá-los, mas os chutes e socos continuaram.
- Eles não se inibiram. O pessoal do posto estava segurando e eles continuavam ameaçando e agredindo - contou Guilherme.
No momento da agressão, uma viatura da polícia militar passava pelo local. Uma policial, segundo Guilherme, tentou dissuadi-lo a registrar a agressão como crime homofóbico. Segundo Guilherme, a policial disse que depois que saíssem da delegacia "era cada um por si".
Por isso, nesta sexta, Guilherme foi prestar novo depoimento na Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância para que a agressão seja tratada como homofobia.
A delegada Margarete Berreto disse que os suspeitos da agressão têm entre 18 e 21 anos. Dois deles estiveram na delegacia nesta sexta e afirmaram que a confusão foi provocada por Guilherme, que teria dado uma 'cantada' neles.
A vítima quer punição.
- Sejam homossexuais, negros, nordestinos. Eles não podem agredir assim. Tem que ser punidos - disse Guilherme.
Desde o ano passado, a Paulista e região tem registrado diversos casos de homofobia. Quatro jovens que agrediram um rapaz com uma lâmpada fluorescente chegaram a ser presos. Três deles eram menores e foram liberados. O maior, identificado como Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, continua preso.

Fonte:
globo.com

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