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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eduardo Cunha e seu incoerente jargão

Fico sem mais palavras para falar de políticos corruptos como o citado. Transcrevo abaixo o texto na íntegra do site folharepublicana.net.

O jargão "afinal de contas, o nosso povo merece respeito!" é pronunciado diariamente pelo Deputado Federal Eduardo Cunha, na Rádio Melodia (FM 97), no Rio de Janeiro, após comentar atos políticos que, na análise dele, desrespeitam o povo.
Lendo a ficha do nobre deputado, abaixo, transcrita da ONG Transparência Brasil, observamos que nosso povo merece MAIS respeito, inclusive por parte do próprio deputado.
Sobre o Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ):
É processado em ação civil pública movida pelo Ministério Público (TJ-RJ Comarca da Capital
Improbidade Administrativa N2006.001.031515-9)
Segundo apuração da revista Istoé, o Ministério Público Federal investiga acusação de tráfico de influência contra o deputado, que teria atuado a fim de agilizar a concessão de uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Rondônia em favor do doleiro Lúcio Funaro, de quem seria sócio oculto na administração dessa PCH (Revista Istoé, 18.jun.2008).

A imprensa apontou um caso de nepotismo cruzado envolvendo os deputados Eduardo Cunha e Alexandre Santos; Eduardo empregou em seu gabinete a filha de Alexandre, que por sua vez contratou a irmã daquele como assessora (O Estado de S. Paulo, 10.set.2008).

Registros da CPI do Banestado atribuem ao deputado remessas ilegais de US$ 23.018 para o exterior. Cunha afirmou não lembrar da operação. Atribuiu a responsabilidade ao banco (Correio Braziliense, 3.dez.2005).

Foi denunciado pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, por haver indícios de incompatibilidade entre a movimentação bancária e os rendimentos declarados pelo hoje deputado em 1999 e 2000, quando presidia a Companhia estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab) (O Globo, 19.mai.2004).

Quando presidente do Cehab, foi acusado de favorecer a empresa paranaense Grande Piso em quatro licitações para construir casas populares. Dos R$ 110 milhões do projeto para construir 40 mil unidades, a empresa, do empresário Roberto Sass, ficaria com R$ 34 milhões. Sass e Cunha eram do mesmo partido (O Globo, 18.mai.2004).

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Puxador de Votos Incertos: Anthony Garotinho

Condenado por abuso de poder econômico pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), Garotinho permanece na disputa por força de uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se os ministros do órgão mantiverem a condenação do TRE, os votos de Garotinho serão invalidados.
A Justiça Federal do Rio condenou o ex-governador Anthony Garotinho a dois anos e seis meses de reclusão por formação de quadrilha.
A Procuradoria da República havia denunciado o ex-governador em maio de 2008 por "garantir politicamente a manutenção" de um grupo na chefia da Polícia Civil que não reprimia jogos de caça-níqueis no Rio, além de promover corrupção e lavagem de dinheiro.
Esse grupo era comandado, segundo a Procuradoria, pelo ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins, condenado a 28 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e também formação de quadrilha.
Lins esteve à frente do cargo na administração de Garotinho, entre o fim de 2000 e início de 2002, e na gestão de Rosinha Garotinho, mulher do ex-governador.

(Fonte: "Folha.com")

O Defensor do Heterossexuais

O conceito de discriminação existe a pensar nas minorias. Mas o deputado Eduardo Cunha, quer aplicá-lo à maioria e apresentou um projeto de lei contra a discriminação dos heterossexuais. "A condição heterossexual também pode ser objeto de discriminação, a ponto de que se venha tornando comum a noção de heterofobia", diz o PL 7382/10, uma resposta à Lei da Homofobia. Me pergunto e acho que qualquer um se pergunta: "desde quando um hétero sofre preconceito por ser hétero???".
A sua entrada na política deu-se pelas mãos de Paulo César Farias (o tesoureiro que foi figura central no escândalo de corrupção que levaria ao afastamento do presidente Fernando Collor de Mello). Mais tarde aliou-se à família de Anthony e Rosinha Garotinho, ex-governadores do Rio. Cunha é evangélico, como eles, estando ligado à Igreja Sara Nossa Terra e à rádio Melodia.
Há dez anos, coube à apresentadora, sua esposa Cláudia Cruz, anunciar na estação do Rio de Janeiro, a demissão do marido da Companhia Estadual de Habitação, acusado de corrupção. As autoridades detectaram incompatibilidade entre a sua movimentação financeira e o montante declarado aos impostos.
Mas essa não foi a única vez que o nome do deputado surgiu relacionado com negócios escuros. Segundo o jornal O Globo (Fevereiro de 2009), Cunha foi investigado em 2003 por alegadamente exigir pagamentos a empresários do setor do petróleo para verem o seu nome retirado da lista da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Já em Setembro de 2008, o Estado de S. Paulo denunciou um caso de "nepotismo cruzado": Cunha estaria a empregar a filha de outro deputado que, por sua vez, contratou a sua irmã como assessora.
Mas um currículo manchado (Cunha sempre negou as acusações) não impediu que subisse na escada do poder em Brasília. De acordo com O Globo, é chamado de "alpinista do Congresso". lamentávelmente, um Ser como esse chegou a ser presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Temo pelo futuro no nosso país...
(Fonte "Diário de Notícias")

domingo, 26 de setembro de 2010

A "Guerra Santa" de Silas Malafaia

Quando criança aprendi a dar o dízimo e as ofertas na igreja, pois "quem dá com alegria como o Sol brilhará e Deus o recompensará!".
Aprendia que faz parte do "ser cristão" esse desprendimento material e ajuda desprovida de qualquer interesse...
Me lembro ainda do escandalo "Universal", onde pastores contavam o dinheiro recolhido dos "porões" do Maracanã (eu estava naquele "show"). Me lembro do Jornal Nacional noticiando as "aulas" do Edir Macedo, "ensinando" seu subordinados a colherem cada vez mais de seus fiéis.
Pensei: "isso só acontece na Igreja universal". Doce engano...
Mais tarde comecei a ver também, outro Bispo, RR Soares, em pregações onde eu me sentiria mal se não contribuísse. "Se você tem o chamado, preencha o cadastro, contribua!" Chamado, como assim???
Pouco depois a Bispa Sônia e os escandalos da Renascer... Não vou nem comentar o caso do dinheiro de Miami.
Alguém que sempre via na televisão, e até me agradavam suas pregação era o que hoje me causa mais temor: Silas Malafaia.
Seus comentários sempre ácidos, suas pregações sempre enfáticas e certeiras, pensava eu que era um exemplo a ser seguido, mas no fundo algo me incomodava...
A cada poucos minutos de programa, uma propaganda. Contribua! Seja fiel! Torne-se um "sócio"! O que é isso, programa de compras??? "Salve a sua alma, contribua agora com R$ 1.000,00, os quais você poderá parcelar em até dez vezes sem juros no cartão de crédito. Ligue agora e compre sua entrada para o reino dos céus! Ou você vai querer arder no fogo do inferno?" Tudo que percebo em suas palavras é isso.
Lia em uma de sua revistas: "faça parte do Clube de 1 milhão de almas, dando uma oferta voluntária no valor de R$ 1.000,00 (...) Com certeza, poderemos conquistar 1 milhão de pessoas para cristo" (?)
Ahh, tem também o "Parceiro Ministerial. Você pode conquistar um". Tem ficha de inscrição e tudo, onde você "pode" contribuir com os valores de 15, 30 e 1.000 reais por mês, tornando-se assim um Parceiro Ministerial Especial, Fiel ou ainda o Gideão. Isso parece até cartão de crédito... Na verdade em suas revistas possui as fotos dos "cartões".
Para não dizer os conselhos que ele dá em suas revistas, que particularmente, são ultrapassados e sem qualquer valor científico, algo que NUNCA esperaria de um psicólogo... Lembro-me de um de seus conselhos a um fiel sobre inversão de papéis, onde o Malafaia, entre outras coisas, dizia que mesmo a mulher ganhando mais que o marido, sendo intelectualmente mais bem preparada, e tendo melhores oportunidades de trabalho, ela deveria continuar exercendo seu papel de "adjutora idônea". Dizia ainda que o esposo é quem deve prover os meios necessários para o sustento da família. O que é isso, sociedade patriarcal do século XV???
Sem mencionar as guerras santas que esse senhor, empunhando o nome de Deus lança, onde suas críticas se confundem com o ódio aos homossexuais, santificando o espermatozóide a tal ponto para não aceitação do aborto e uma truculência sem limites aos cientistas que têm em vista os avanços nos estudos com as células tronco e a recuperação de várias vidas.
Em seu site, recentemente, lançou que quase a totalidade da população é a favor de um Estado Democrático de Direito. Interessante ele clamar o Direito Constitucional agora, dizendo que a libedade de imprenssa está ameaçada. Será que ele leu na Contituição Federal que o Brasil é um país Laico, onde não se utiliza de critérios religiosos para o governo para o povo??? Esperemos que ele continue lendo a Carta Magna da República e que não para em seu primeiro artigo...

sábado, 25 de setembro de 2010

Pérolas da heteronormatividade

Vasculhando a internet em busca de um conteúdo útil, encontrei em um site o conteúdo que vou postar abaixo. Seria cômico, se não fosse trágico. Parece absurdo, mas é verdade.

Não bastassem todas as dificuldades impostas aos homossexuais pela legislação preconceituosa do País, ou pela falta de leis que garantam a essa parcela da população direitos iguais e básicos (como a possibilidade de casar, construir uma família, registrar filhos no nome dos dois parceiros ou parceiras - isso só para citar alguns), ainda tem gente que se dedica a criar outros obstáculos (como se fosse preciso).

O Bota Dentro selecionou algumas propostas e decisões que vão na contramão do lema da Parada do Orgulho LGBT São Paulo deste ano (“Sem homofobia, mais cidadania - pela isonomia dos direitos”). Talvez, devêssemos chamá-las de pérolas dos últimos anos dos poderes Executivo, Legislativo e até do Judiciário, que a rigor tem sido responsável por garantir algumas conquistas dos gays.

Preparados? Então vamos lá.

É proibido morar aqui (2003)
Era uma vez um prefeito na pequena cidade de Bocaiúva do Sul (PR). Em dezembro de 2003, o então chefe do Executivo, Élcio Berti, baixou um decreto proibindo que homossexuais residissem no município. Isso mesmo! Dizia a lei: "Fica vedada a concessão de moradia e a permanência fixa de qualquer elemento ligado a esta classe (homossexuais), que não trará qualquer natureza de benefícios para este município."

Seis meses depois, em junho de 2004, o polêmico prefeito foi ouvido pela Justiça. Berti apresentou três testemunhas para defender a tese de que o decreto não passou de uma piada. A brincadeira, segundo ele teria começado quando um morador pediu um terreno para viver com o companheiro homossexual. Um funcionário da prefeitura teria feito brincadeiras com o prefeito, que teria respondido que era espada e que provaria isto fazendo um decreto proibindo a permanência de homossexuais no município.

Pode? Quando eu penso que já vi tudo...

É proibido beijar em público (2003)
O deputado Elimar Máximo Damasceno (ex-Prona, hoje PR/SP) apresentou proposta que poderia gerar multa ou levar para cadeia pessoas do mesmo sexo que ousassem se beijar na rua. O projeto do parlamentar tornava contravenção penal o “beijo lascivo”, em público, entre pessoas do mesmo sexo. A contravenção penal é um ato ilícito menos importante que o crime.

Segundo o deputado, “constitui fato gravoso que causa constrangimento e desafia a moralidade pública a prática, por parte de pessoas do mesmo sexo, de atos que, mesmo praticados por pessoas de sexos diferentes, não deveriam ser realizados em público".

Pode? Uma proposta como essa merece no mínimo um beijaço num local bem movimentado, como por exemplo, a Estação Sé do Metrô de São Paulo, às 18 horas. Para nossa sorte, o projeto foi arquivado no final de 2004.

Ser ou não ser, eis a questão (2005)
Mais uma dele. Em 2005, o deputado Elimar Máximo Damasceno apresentou projeto de lei a favor do acompanhamento psicológico aos gays que quisessem voltar a ser heterossexuais. (Como assim?)

Damasceno resgatou a Lei 4.119 aprovada em 1962, que previa auxílio psicológico aos homossexuais que quisessem mudar sua orientação sexual e entrou com projeto de lei de mesmo teor na Câmara dos Deputados. Além de absurda, a proposta ainda ia contra a resolução do Conselho Federal de Psicologia, de março de 1999, que proibiu psicólogos de propor tratamento e cura para a homossexualidade.

Para o deputado a pessoa não é homossexual, mas está homossexual. “Considero, ainda, ser direito humano dos que estão (grifo do Bota Dentro) homossexuais, o acesso a esse tipo de auxílio psicológico, caso assim o desejem”.

Detalhe: essa também foi arquivada. Agora, cá para nós: porque será que esse parlamentar se dedica tanto a essa cruzada contra homossexualidade? Deve ter uma explicação. Alguém aí se arrisca a dar um palpite?

Futebol é coisa pra macho (2007)
Em agosto de 2007, Richarlyson, jogador do São Paulo, teve que ouvir que futebol não é coisa para gay. E o pior é que a declaração partiu de um representante do Judiciário. “Futebol é jogo viril, varonil, não homossexual”, afirmou o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, ao negar prosseguimento à queixa-crime do jogador contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Júnior.

A polêmica começou quando o jornal Agora São Paulo noticiou que um jogador de futebol estaria negociando com o Fantástico, programa da Globo, para revelar no ar a sua homossexualidade. Depois disso, durante um programa da Record, José Cyrillo Júnior foi questionado se o tal jogador homossexual era do Palmeiras. Cyrillo se saiu com essa: “O Richarlyson quase foi do Palmeiras”. O jogador se sentiu ofendido e foi à Justiça.

Na sentença, o magistrado chegou ao cúmulo de sugerir o que Richarlyson poderia fazer. Se não fosse homossexual, o melhor seria ir ao mesmo programa de televisão dizer que era heterossexual. “Se fosse homossexual, poderia admiti-lo, ou até omiti-lo, ou silenciar a respeito. Nesta hipótese, porém, melhor seria que abandonasse os gramados”.

E o senhor, meretíssimo, já pensou em abandonar o Judiciário?